eu queria me dizer que sou diferente. mas é, eu me identifiquei com o ted mosby. queria dizer que não sou tão apegada ao passado. que não fico idealizando histórias com base em olhares e sinais do universo. como o ted, eu acredito sim em sinais que ninguém mais vê.
eu crio universos inteiros com pessoas que talvez só passaram por mim. eu espero, mesmo quando já entendi que não vai acontecer. eu insisto sempre porque na minha cabeça, o amor é sobre o quanto a gente aguenta até ele acontecer. e não deveria ser assim.
se você está procurando uma palavra que signifique se importar com alguém além de toda racionalidade… isso é amor.”
(ted mosby- how i met your mother)
e é isso. me importo demais, mesmo quando não deveria. me apego ao pouco, como se fosse muito. releio mensagens antigas, imagino conversas que nunca existiram. fico tentando montar um quebra-cabeça de um amor que só eu enxerguei inteiro.
“você não pode se agarrar ao passado. porque, por mais forte que você segure, ele já se foi.”
e mesmo assim, eu seguro.
eu reviro fotos antigas, memórias inventadas, conversas que nunca existiram de verdade. como se pudesse reconstruir um amor com os pedaços que só eu enxerguei.
eu entendo o ted, ele só queria ser escolhido. queria que alguém olhasse pra ele com o mesmo excesso que ele carregava. e talvez seja isso que mais me conecta a ele. esse desejo de que alguém finalmente me veja com o mesmo romantismo que eu vejo o mundo.
ele é o cara que via significado até na data em que conheceu alguém. que decorava aniversários, músicas, frases ditas em momentos aleatórios. é o cara que guardou a trompa azul por anos como se o amor pudesse voltar só porque ele nunca deixou de sentir.
“quando você ama alguém, você… você simplesmente, você… você não para. nunca. mesmo quando as pessoas chamam você de louco. mesmo… mesmo depois que tudo desmorona. você simplesmente… você não desiste.”
da forma mais sádica possível, eu entendo ele. mesmo se fosse deixada no altar pela pessoa que eu amo, mesmo que todos me achassem desesperada ou ingênua, eu ainda assim não conseguiria desistir do amor nem por um segundo.
porque o amor é tudo que sou. é tudo que somos.
mas ser como o ted é estar sempre sentindo demais. e, quase sempre, sentindo sozinha.
“não se trata de encontrar alguém com quem viver. trata-se de encontrar a pessoa sem a qual você não consegue viver.”
e talvez… só talvez eu precise desaprender isso. talvez o amor não seja sobre o que se aguenta.
mas esse romantismo todo, esse excesso, esse eu que sente tudo, ainda acredita que talvez, em algum lugar exista alguém que veja o amor como eu vejo. alguém que também sinta demais. mas não vá embora.
e tudo que eu penso é que além de ser como o ted eu queria ser amada por alguém como ele.
mas ser como ele é estar condenada ao destino de sentir mais que o outro sempre.
a balança do amor nunca é justa para os que amam como o ted mosby.
O romantismo nunca morre mesmo, mesmo que eu tenha tentado me convencer do contrário. Amo poucas pessoas em minha vida, gosto e já gostei de muitas, meu maior defeito.
Quero chorar lele que texto lindo pqp
Pessoas como o ted estão em extinção. A maioria se prende ao medo de relacionar, igual ao Barney (que me enoja). Estou acompanhando a série pela primeira vez e logo me identifiquei com o Ted, pois, quando solteira, eu era igual. Acho que é o preço a se pagar quando você é um romântico apaixonado: ficar um bom tempo sem ninguém, porque cada vez mais estão querendo menos isso. Se para ele já era assim, imagina hoje em 2025…